terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Meu aniversário!

Por mais de 7 anos eu tive diários, bem coisa de menina mesmo onde podia colocar o convite da festa com uma foto do lado.
Em todos e como é de costume da minha escrita, descrevia minuciosamente o que tinha acontecido. As vezes era necessário usar códigos para me proteger de possíveis espiões. Realmente guardava grandes segredos.

Hoje, dia do meu vigésimo sexto aniversário, voltei nesses diários de uma forma saudosista e para fazer uma reflexão.

Todas as páginas começam com "Bom," e aí sim eu inicio minhas histórias. Hoje farei o mesmo, só que aqui, meu diário moderno.

"Bom, 25 de dezembro e hoje estou completando 26 anos. Não acredito que já estou tão "velha" assim. Brincadeirinhas a parte, sei que sou uma jovem mulher, mas também sei que a cada ano me afasto dos 18 e me aproximo dos 30. A velocidade me assusta.

Sou extremamente metódica, não gosto muito de mudar os padrões, as coisas sempre ao meu redor têm que funcionar com a mesma dinâmica. Caso contrário, fico fora do eixo. Apesar de ter trabalhado quase 4 anos em agências de publicidade num ritmo e instabilidade alucinantes, ainda estou trabalhando esse meu lado certinho.

Bom, o fato é que nesse ano resolvi mudar, mudar a partir de hoje, do meu aniversário.

A começar pelo meu bolo de aniversário. Minha mãe sempre faz maravilhosamente o meu bolo, sempre de chocolate com trufas. Esse ano será com recheio branco de nozes - um grande passo Carolaine! Parabéns!

Outro ponto é que passarei sem o meu avô materno. Sei que ele está lá em cima me guiando com seus lindos olhos azuis e controlando cada passo meu. Apesar de sentir ele, é muito estranho não ter ele do meu lado. Infelizmente não escolhi que fosse assim, mas decidi aceitar.

Estou de casa nova no emprego. Isso me dá um gás e se assim posso dizer, uma instabilidade gostosa em não saber o que me espera no próximo dia de trabalho. Mas tenho certeza que será ótimo.

Consigo enxergar como se estivesse vendo de fora, o quanto já vivi e amadureci nesses anos. Deus me deu um fardo especial para carregar que me fez amadurecer mais rápido. Achei que havia cumprido minha missão aos 18 anos, mas hoje, passados 8 anos de tudo o que aconteceu naquela época, percebo que meu fardo foi muito além de estar ao lado de quem precisava de mim, mas sim conviver comigo mesma e com uma profunda história para o resto da vida. Uma história que não imaginava que iria me marcar e mudar minha forma de encarar o mundo.

Em 26 anos, estive sempre na mesma escola e na mesma faculdade, mudei de emprego por 5 vezes, mudei de namorado, nunca mudei de casa, trabalhei muito (muito), fiz a graduação que sempre sonhei, fiz um intercâmbio, tomei inesquecíveis banhos de cachoeira que sempre renovaram minhas energias, fiz uma tatoo para minha família, fiz 10 anos de teatro, conheci a cidade toda, viajei pelo Brasil, li muitos livros, estudei muito, pela contagem no facebook, conheci mais de 1.500 pessoas.

Casei meus primos, irmãos e amigos. Estabeleci minhas amizades. Peguei a malícia da vida, fiquei com a casca grossa como diria um chefe que tive.
Mas o principal, me orgulho de não ter me contaminado com as sujeiras que existem por aí.

Nesse aniversário-natal, não quis mandar meus votos proativamente para todos os meus amigos. Hoje vou esperar que eles o façam. Hoje é o meu dia.

E o mais importante, eu me sinto diferente. Me sinto forte para enfrentar mais um ano de muitos sorrisos, frios na barriga, incertezas, decepções, alegrias, angústias, ansiedades, decepções e principalmente a vitória.

Vitória por vencer mais um ano nesse mundo cruel, vitória por conseguir enxergar a felicidade nas pequenas coisas e não se deixar contaminar pela falsidade e ignorância que nos cerca.

E isso faz com que eu seja como sou. Dotada de um coração enorme, uma capacidade intrínseca de ajudar os outros, um senso de humor peculiar e uma maneira menina-mulher de enfrentar os desafios da vida.''

Espero continuar assim.
Parabéns para mim!!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Boa noite cinderela?


Tive um dos sonhos mais bizarros da minha vida.
Sonhei que tinha ido numa balada só para mulheres que gostavam de mulheres. Logo na entrada, tomei um café cor de caramelo. Aquele era um café tradicional da casa, era especial. Apenas não sabia como.

No dia seguinte, acordei achando que era um dia normal. Sem me lembrar de absolutamente nada, levantei para fazer a rotina diária da manhã e encontrei na cômoda do quarto um envelope grande cheio de fotos impressas num papel cartão, do tamanho de um A4.

Para minha surpresa, eram todas minhas.

A primeira eu estava com os cabelos ondulados, com uma flor na orelha e com um sorrisão no rosto, estava em uma praia paradisíaca. No mesmo momento em que vi a foto, notei que meu cabelo estava com uma textura diferente, ou seja, estava bem ondulado e que não havia ido para a balada com este cabelo. Achei estranho, mas continuei vendo as outras fotos.

As outras todas, tinham muitas pessoas que eu nunca tinha visto na vida, apenas minha irmã. Eu parecia ser a protagonista da história. Fotos que iam desde a balada essa turma toda de divertindo horrores, subindo no palco, dançando todas juntas, fazendo caras e bocas, até fotos onde eu estava de biquíni nadando no mar, fazendo guerrinha de areia, mergulhando, brincando com as ondas (?!?). No verso, como se fosse um scrapbook, todas as fotos tinham dedicatórias dos meus novos amigos, no caso eram todos gringos. Pessoas que eu nunca havia visto na vida.

Surpresa com o que eu estava vendo, deixei de lado as fotos e procurei minha irmã pela casa. Olhei para ela e disse que não me lembrava de absolutamente nada. Ela estranhou, pois ela lembrava e de tudo. Esperava que ela fosse me dizer que era uma brincadeira e que as fotos não passavam de montagens...e não foi o que aconteceu.
Pela cronologia das fotos,  aquela noite tinha se estendido para mais 2 dias, ao lado dos meus novos amigos malucos. Como isso podia ter acontecido?

Eu não sabia de nada.

De repente, ao meio da confusão das fotos, lembro de estar ainda com o envelope nas mãos, porém dentro de um barco em alto mar, com toda a minha família. Todos pareciam estar muito felizes. Todos me agradeciam. Eu estava muito envergonhada, pois não fazia ideia do que estava acontecendo. Com as fotos nas mãos, fazia de tudo para esconde-las. Inclusive do meu namorado que não imaginava nada.

Andando pela grande embarcação, consegui entender que as pessoas estavam me agradecendo porque eu havia comprado aquele barco.

Ardendo de preocupação, fui questionar a minha irmã que me contou que eu havia ganho no cassino, na noite anterior. Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo! Feliz pela minha capacidade em ter ganho na jogatina e triste por ter comprado apenas um barquinho (rs.).

Passei o tempo que tinha tentando desvendar o mistério que havia ocorrido, e o porque só me lembrava até a parte do bendito cafezinho na entrada ou seria um boa noite cinderela?

Por ser um sonho, obviamente não teve um fim esclarecedor.
Apenas me lembro que a embarcação apresentou problemas e tivemos que parar. 
Acordei. Com aquela sensação estranha que parece que estamos nos jogando num precipício e somos salvos pelo solavanco da realidade. 
Fiquei feliz pelo fato de minha consciência ter me levado para experiências tão loucas e ter me proporcionado uma espécie de ''se beber não case''.

Fica aqui registrado mais um relato dos meus malucos e adorados, sonhos. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vinte dias

Vinte dias é o prazo médio para saber se as coisas irão ou não acontecer. Há controvérsias, mas há quem me dê razão.

Em 20 dias:
- Se o cara daquela entrevista não te ligar mais é porque já era;
- Se faltam menos de 20 dias para aquela viagem que você tinha que estar magrinho e você ainda não começou o regime, esquece;
- Se você saiu com o cara e depois de no máximo 20 dias ele ainda não te ligou, não vai mais ligar;
- Se nos primeiros 20 dias de academia você só foi duas vezes, sinto muito, mas você está jogando seu dinheiro fora;
- Se depois dos 20 dias tomando o remédio prescrito você já se perdeu nos horários, desencana, você não vai conseguir fazer o tratamento direito.
- Se depois de 20 dias você ainda não respondeu aquele email na sua caixa de entrada, já era! O dono das regras digitais deve estar se revirando por aí!
- Se em 20 dias vc não pagou aquele cafezinho que ficou pendurado, relaxe que ficou para o próximo;
- Se em 20 dias no trabalho novo você ainda não se localizou, você realmente precisa de ajuda!

Sei que muita coisa pode acontecer em 20 dias, inclusive em 1 minuto você tem, em linhas gerais, 60 oportunidades de sensações que podem ser despertadas no seu corpo. Desde o primeiro toque no filho que acaba de nascer, até preencher o cheque para compra da realização de um sonho.

Sou suspeita para falar de emoções, intensa como sou, AMO esmiuçar cada uma delas e me deliciar com as sensações atreladas a cada novidade/descobrimento. Os últimos 20 dias mereceram este destaque.
Brincadeiras e coincidências a parte, faltam menos de 20 dias para o fim do ano =)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Meu canto

Lembro o quanto gostava de um quarto que tive. A mobília e a disposição das coisas, me deixava feliz e segura. Para mim, era o meu cantinho, lindo, confortável e até mesmo feito por mim.
Tinha uma parede magenta, uma verde quase água. Tinha um móvel lilás de margaridas brancas e amarelas, tinha as marcações das minhas medidas de altura ao longo dos anos. Tinha uma escrivaninha azul e uma cadeira de diretor. Tinha um cantinho meu, com delicadezas e pequenisses que teimava em manter. Lembranças que de alguma forma, ainda me remetiam ao passado infantil, como anjinhos ou estrelinhas (...).

Aí, veio a copa de 2006 e com ela um curto circuito aqui em casa. Meu quarto pegou fogo. Nada que existia naquela época existe mais. Apenas alguns diários, fotos e lembranças. Depois de tudo resolvido, a nova estrutura do quarto fez com que eu tivesse que dormir com a cama virada para o outro lado. O que mudou completamente a minha vida.

De lá para cá, nunca mais consegui dormir bem. Deve ser porque muitas, mas muitas coisas aconteceram na minha vida. E, preocupada do jeito que sou, sempre quero ter o controle de tudo o que se passa (inclusive do que sinto e do que ainda não descobri), na palma da minha mão, o que de certa forma atrapalha o meu sono.

Esses momentos aqui no quarto, esses momentos de insônia, fazem com que eu reflita sempre e muito. Fazem com que eu questione TUDO. Minhas amizades, meus relacionamentos, minha imagem, minha profissão. Faz com que eu questione minhas atitudes.

Consigo criar uma linha do tempo, com a cronologia exata de como tudo acontece. Seus motivos, correlações e justificativas de o porque cada coisa está em seu lugar. A estrutura mais simples do quarto, sem tantos vínculos, permite que minha cabeça voe para onde quiser, sem ficar presa aqui nos bens do quarto.

Confesso que as vezes passo do ponto e varo noites apenas pensando. Passo mais um pouco e me pego fazendo lista de pendências do trabalho. Não quero que nada escape do meu controle. Nem um grão de areia passe entre meus dedos.
Entro num mundo que apenas eu entendo. É um mundo com algumas cicatrizes, um monte de histórias felizes, de valores que aprendi em casa e na rua, de sensações que já senti e outras que não passam de anseios e elucubrações.
Se antes o lugar (físico) era o que me confortava, hoje são apenas meus pensamentos.

O curioso é que simplesmente tenho a consciência de que nada disso adianta. Ok, as meditações muitas vezes nos colocam no lugar, fazem com que a gente equilibre a emoção e a razão para assim ponderar as atitudes. Mas de nada adianta tanto controle e ansiedade. Sendo que não temos controle sobre a vida. Nem sobre seu percurso, nem sobre as decisões que as outras pessoas tomam e nos frustam.

As vezes tenho vontade de ser mais desapegada, não a bens materiais, porque isso não sou mesmo, mas dos meus pensamentos.
Pois são eles que me movem, eles que me prendem em determinadas atitudes, que fazem com eu tenha esse jeito cuidadoso ao mesmo tempo rígido com as relações.

Tenho saudades do meu leve quarto colorido com margaridas brancas.
E fica aqui registrado mais um desses momentos.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O que te faz?

O que te impulsiona a ser forte para viver aquele amor, de forma incondicional súbita que te pega num soluço?

O que te faz invencível, atraente sedutor e com a certeza de todas as respostas ?

O q te faz dormir e acordar sorrindo?

O que te faz correr aos saltos pelo mundo, 
sem direção, sem controle nem pudor?

O que te faz virar a chave e muda seu humor?
O que te dá sentido para continuar vivendo?
O que te motiva a acreditar que um dia vai ser diferente?

O que te faz feliz?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Eu nasci assim, eu cresci assim...Gabriela!

E aí quando acontece algo ruim na sua vida, você cai em si e percebe o quanto a vida é muito mais que isso.

Como já dizia William Shakespeare, ‘’Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.’’

Você percebe que a vida não está em comprar roupas caras, em dirigir o carro da moda, em querer ser hippister para poder ser bem aceito pelo seu grupinho de amigos.
Você percebe que quando chega a hora, nossa alma não leva nada daqui além do aprendizado e do crescimento espiritual.
Atrevo-me a dizer que são egoístas aqueles que em nenhum momento pensam no futuro, pensam na evolução do seu espírito e visam apenas o sucesso de sua imagem no aqui, agora.

Então me pego questionando o por que as pessoas tanto sofrem nas suas relações? Eu mesma já sofri de me acabar, de achar que a vida não fazia mais sentido, mas me pergunto por que canalizar toda a sua energia em apenas uma pessoa? Não estou falando apenas em relações amorosas, ok? Refiro-me a qualquer tipo de relacionamento e principalmente dentro daqueles que nos frustramos, pois a palavrinha mágica 'expectativa' não foi correspondida. Não seria supérflua em dizer que é apenas um cara, ou um chefe ou um amigo. Serei seca em dizer que são apenas pessoas. Que não devem ser temidas, que não devem te tirar do eixo ou atrapalhar a sua vida.

Consigo entender perfeitamente que essa frustração vem atrelada a muitos outros sentimentos, como o de se construir uma família, de se ter um filho, de se casar, de ser promovido, de receber convites dos amigos que você considera importantes, de receber o feedback positivo de uma pessoa que você admira e mais simples que isso, apenas de ser correspondido.

Quem me conhece bem, sabe que já passei por momentos especiais que me fizeram amadurecer muito jovem. Todo esse aprendizado me deixou uma mensagem mais do que clara que é preciso dar valor à vida, a minha vida e parar de me preocupar com coisas banais relacionadas aos outros. Passados quase 10 anos dos momentos mais importantes que já vivi, confesso que as vezes me esqueço do que passei em detrimento de valorar a matéria e as características emocionais à ela atreladas. Errada estou eu em esquecer dos ensinamentos que o Cara lá de cima colocou no meu caminho. Mas infelizmente isso acontece...e se você reparar bem, até mesmo os momentos difíceis nos trazem uma mensagem positiva, muitas vezes relacionada ao tal jargão de dar valor à vida em sua forma mais pura.

Ahh os relacionamentos... são em sua maioria complicados...

Fazendo um paralelo, outro dia desses assisti uma reportagem que me lembrou da relação da terra com a lua. Ela é a principal responsável pelas marés que ocorrem na terra e esses movimentos são responsáveis por gerar os primeiros surgimentos de vida na terra, por outro lado, eles causam um atrito no fundo do oceano o que atrasa o movimento de rotação da terra e consequentemente a afasta da lua a cada ano. Se por um lado ela lhe faz bem, por outro a afasta de si mesma. Assim como as relações interpessoais.

O que quero dizer é que existe uma dependência das pessoas umas com as outras que me assusta.
Em alguns casos, se você está triste no amor isso reflete no trabalho e vice-versa.
Existe também uma acomodação das pessoas em ter medo de mudar, como dizia a música ‘Modinha para Gabriela’ de Dorival Caymmi ‘’Eu nasci assim, eu cresci assim. Eu sou mesmo assim. Vou ser sempre assim...’’. 

As vezes temos que quebrar o gelo e não esperar que as pessoas mudem e sim que nós façamos as coisas por nós mesmos, que sejamos o exemplo para a mudança nos padrões de comportamento. Que sejamos nós o espelho para o bem e para o amor próprio e que sejamos fortes para conseguir vencer.

Foto: Margarita Sikorskaia

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Gente!


Gosto de olhar as pessoas, de diferentes idades, culturas e nacionalidades.
Gosto de ver como falam, como sorriem, como se vestem.
Como se tocam, como se comportam uns com os outros.

Gosto de estar no meio de gente.
Principalmente de gente que eu me sinta bem, que me aceite como eu sou. Daqueles que não julgam, que não passam os segundos tentando pescar algum ato falho, para esfregar na sua cara.
Gosto de quem se preocupa com seu próprio nariz.

Gosto das pessoas de antigamente, daquelas que me ligam à minha história, que respondem as minhas dúvidas, que sabem das respostas por suas próprias vivências e não por prepotência de achar que sabem tudo da vida.
Gosto das histórias, de saber dos detalhes que remontam um passado que não vivi, nessa vida.
Gosto também das crianças, das suas brincadeiras, dos seus olhares cheios de pureza e vazios de maldade, que me ligam ao futuro, à continuação da minha vida e da existência da raça humana.

Gosto das pessoas da minha idade, de ver como elas vão amadurecendo, de ver como a vida vai colocando adversidades e como elas vão se virando. De ver o que fazem para conseguir o que querem. De ver o quão libidinoso, malicioso, sagaz e ao mesmo tempo sincero o jovem pode ser.
Gosto dos da meia idade e de ver como eles se transformam em camaleões para vencer as armadilhas dos tempos modernos.

Gosto de gente do bem.
Gosto de gente que se interessa, que se preocupa, que se envolve. Gente que se entrega, gente que interage. Gente que constrói junto com você.
Gente que quer te ver crescer, feliz e sendo apenas você.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Nada a substitui


Para algumas pessoas a vida passa lentamente.
Para outras os anos são corridos, passam apressados.
Nas duas, encontramos sentimentos antagônicos. O da vida aparentemente feliz, porém frustada, o da vida estranha, mas que é feliz, o instável que vive a vida tentando ganhar o mundo, quando não se sabe nem onde quer chegar, o ambicioso que passa por cima dos outros, o passional ao extremo, o coração de pedra, o espirituoso, o racional... O apenas humano.

Tem gente que vai ver os filhos crescer, pegar no colo netos e bisnetos, ou os seus ou de seus familiares.
Tem gente que vai arriscar a vida fazendo um montão de coisas que a gente acha que não deveriam ser feitas ou poderiam ser feitas de outra forma, mas mesmo assim elas fazem. Porém, pode ser que esses não tenham a mesma chance de acompanhar o amadurecimento de quem ama.

As pessoas assumem por conta e risco a responsabilidade, e ouse-me a dizer a irresponsabilidade, de cuidar dos seus próprios narizes sem levar em conta quem está ao seu redor, muitas vezes por egoísmo e uma visão míope de sua própria existência. O bem maior chamado vida, tomou outras dimensões, com a cura de várias doenças, da evolução da ciência e do aumento da expectativa de vida. Tudo virou um grande faz e acontece...e depois a gente resolve no final.

Alguns se esquecem que quando são colocados no mundo, uma cadeia de pessoas são escolhidas pelo grande Pai para estarem de alguma forma relacionadas à você, são colocadas no nosso caminho e é por elas que devemos nos ater. A imprudência acontece quando deixamos de zelar por nosso próprio bem maior. O carinho de quem ama existe, o compartilhar dos momentos também. Mas ninguém pode comer por você, se exercitar por você e ter juízo por você. Por isso, é necessário que você mesmo cuide da sua vida e tenha hombridade para não decepcionar quem se preocupa com você.

Um grande homem me dizia sua cabeça é o seu guia, sua cabeça é sua sentença.
Por isso meu amigo, tenha mais responsabilidade ao brincar com a sua vida. Ao se expor demais, ao beber diariamente, ao se enfiar em confusão, ao se aventurar em drogas, ao fazer sexo sem camisinha, ao dedicar sua vida para uma só pessoa ou objetivo, ao ser imprudente com a sua saúde...

Porque a fragilidade entre a vida e sua passagem é extremamente tênue, por isso, diga o que você pensa a quem você se importa, não leve rancor para casa, peça desculpas àquele que magoou, não deixe para depois sua realização pessoal, seja ela qual for...enfim, dê atenção ao jargão popular: dê valor a sua vida, pois nada a substitui.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Eu sei, mas não devia....


''Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.

As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.

Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.''


Texto de autoria Marina Colasanti

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Realidade Instantânea

‘’Então fui convidada para dar uma aula sobre blogs pessoais e corporativos. Contei com a orientação do grande mestre Júlio Barbosa, li um livro da incrível Carol Terra, contei com a ajuda de algumas indicações até entrevistar um gênio das redes sociais, Rei Quinto. A dinâmica da sala de aula foi um sucesso! Adorei ter participado de mais essa experiência em formato de jogral, mais do que participativo. Foi quase uma postagem interativa em tempo real. Sensacional, pelo menos na minha humilde visão acadêmica.

Um dos motivos de ter sido convidada, era pelo fato de eu ter esse blog, o Enviar e Receber. A incoerência apareceu quando depois da aula, entrei em um ócio criativo. Exagerada, eu? Um pouquinho, como de costume, mas fato é que não conseguia mais escrever. Nada de útil me vinha a cabeça. Justo eu, que acabara de falar que os blogs deveriam ser sempre atualizados... pufff...

Como diz um amigo, ‘’as vezes acontece com quem gosta de escrever‘’. Passei a achar que os textos que produzia não me brilhavam mais os olhos como antes.
Bom, nada melhor que tentar escrever para ver no que dá. Deixei de lado os textos engavetados, papel e caneta zerados na mão e mãos a obra!’’

Desde Janeiro desse ano baixei o aplicativo Intagram. Desde lá comecei a gostar cada vez mais desse brinquedinho e os motivos são muitos. Consigo acompanhar meus amigos em suas viagens pelo Brasil e pelo mundo. Consigo, mesmo a distância, conhecer um pouquinho das comidas que existem por aí. Dos cantinhos, das ruas, dos vilarejos, dos grafites, do momentos dos meus priminhos de pijama assistindo TV - enquanto eu trabalho, dos sorrisos espontâneos que tanto me encantam....Viajo através das fotos pelos bons momentos que fizeram as pessoas que eu gosto, feliz. O que de fato me agrada.

Mas não é só isso. Há anos venho aumentando o meu gosto por maquiagens e acessórios. Descobri que por meio desse mesmo aplicativo, consigo seguir minhas blogueiras favoritas e acompanho o dia a dia delas, desde o look do dia, a unha da semana, truques de makes, novas tendências e até conhecer dicas de lugares e restaurantes. O que parece fútil, mas para quem gosta do tema, é um prato cheio para aprender e passar o tempo.

Esse aplicativo permite que eu possa compartilhar e vivenciar o dia a dia dessas pessoas. Muitas vezes me trazendo informações de coisas e lugares completamente novos que mesmo com o advento da maravilha Google, eu nem sabia como poderia fazer para pesquisá-los e encontrá-los na internet. Isso faz dos limites entre a intimidade e a realidade cada vez mais tênues, o que permite esse contato com o público mais interligado.

Em paralelo ao Facebook, outro fenômeno de audiência no Brasil, as postagens se tornam cada vez mais banalizadas. Girando em torno dos comentários de alguns amigos já estereotipados nas redes sociais. Tem o fanático por futebol, o depressivo, o defensor dos cachorros, o que posta fotos de comida, o que fala mal dos outros, o que posta piadinhas o dia todo e por aí vai.

Apesar de o face ser uma máquina de novas oportunidades sem fim como games, concursos culturais, propagandas, aplicativos, etc. e o Brasil flutuar entre o segundo e o terceiro país com maior número de usuários, julgo que a qualidade dos comentários vindos dos perfis ‘pessoa física’, declinaram bastante nos últimos meses. Salvo raras exceções que ainda usam a rede social de forma inteligente e sabem tirar o melhor proveito dela. Ouço cada vez mais pessoas dizendo que tirou umas férias do face... será que eles voltam?

Acho que talvez minha carteirinha assumida de InstaLover, como são chamadas as pessoas que são viciadas no Instagram, seja justamente pelo fato que lá pouco se fala, por ser um aplicativo de foto, mas se faz suas próprias interpretações das realidades instantâneas que são postadas.
Arrisco-me a dizer que talvez minhas interpretações ou seja, meu filtro para essas leituras, sejam poéticos demais. E por isso acabo achando, que para mim e agora, esse aplicativo serve.

Porém, ao mesmo tempo que torna as experiências mais próximas dos meus olhos, também me distancia de uma certa realidade. Pois algumas coisas se colocam intangíveis, como a rapidez com que os famosos postam e marcam os lugares onde estão pelo mundo, as vezes me leva a questionar se essa vida é real. Fato que gostaria de ser uma viajante (apesar de gostar da estabilidade e das minhas raízes bem amarradas), mas conhecer e desfrutar desse mundão por aí, eu piro! Mas viver essas aventuras as custas do marido político ou do pai rico...pouco me agradam. Outros exemplos como as pessoas são sempre extremamente felizes, ou super arrumadas, ou sempre na baladas. Sei lá, tudo que é em excesso me traz dúvidas...

Bom, por hora vou continuar nas redes sociais até que a mosquinha que mora perto do meu ouvido, não deixe de soprar que é hora de parar de atualizar a página para acompanhar a vida real que simplesmente passa na frente dos meus olhos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Diário de bordo / Logbook

Falar dessas férias vai ser fácil. Posso me arriscar a dizer que foi uma das experiências mais ricas da minha vida.
No aeroporto eu já sabia que daria tudo certo, mesmo assim dei a chance para sentir aquele nervosinho, que chegou até a ser gostoso!
Talking about this vacation will be easy! I can venture to say that was one of the richest experiences of my life.
At the airport, I was sure that everything would be fine, but I was still feeling a little nervous. When I arrived, however, it was all good!

Depois de 20 horas de viagem, com escala em Dallas, desembarquei no Canadá. Cheguei na casa da família que iria me hospedar, fui recebida pelas quatro crianças, pelos pais e cachorros. Em pouquíssimo tempo já estava acomodada e ávida por informações. Tudo ao meu redor era novidade, tudo era diferente para mim. E era exatamente daquela fonte que eu havia esperado anos para me banhar.
After 20 hours of flying, with a stop-over in Dallas, I landed in Canada. When I arrived at the home stay where I would be living, I was greeted by children, parents, and dogs. Within a matter of hours, I was already settled-in and hungry for information. Everything around me was new, everything was different to me…it was the exact fountain that I'd been waiting years to drink from.

No primeiro dia na cidade de Vancouver andei por 8 horas, apenas parando para almoçar e comer uma maça com cobertura de chocolate, que há tempos só via em filmes (#aguanaboca). Nesse dia, fui até minha escola  para treinar o caminho, visitei uma igreja católica a acompanhei um trecho de uma missa. Aproveitei para agradecer de ter chego bem até lá e todos os lindos momentos que estariam por vir.
On the first day in Vancouver, I walked around for 8 hours, stopping only to have lunch and eat an apple with chocolate sauce, something I had only seen in movies. (#mouthwatering).
That day I went to my school on the train. I visited a Catholic church and watched part of a ceremony. I was thankful for coming, and for all the beautiful moments that had yet to come.

Fui na famosa biblioteca da cidade em formato do Coliseu, no centro de arte moderna, fiquei sentada nas escadarias da galeria observando a cidade e seu comércio local, fui nas ruas mais famosas e em algumas lojas incríveis desde eletrônicos até brinquedos. Dei sorte de logo na primeira semana ter encontrado pessoas tão maravilhosas que fizeram minha viagem ser melhor ainda. Entre eles estavam brasileiros, chilenos, suíços e coreanos, etc.
I went to the famous library in the city in the style of a Colosseum, the central modern art museum. I sat on the staircases in the gallery watching the city and the local market. I visited the famous streets and perused the incredible stores that sold everything from electronics to toys. I was lucky, because during that first week I met some marvelous people that definitely made my trip better. I met Brazilians, Chileans, Swedes, Koreans, etc.

Apesar de estudar o dia todo (9hs - 17hs), valeu a pena. Cheguei lá para fazer um curso de inglês geral, mas acabei trocando por um de Business English, que foi a cerejinha do meu bolo. Fiquei muito satisfeita de ter conseguido acompanhar as aulas, o que antes para mim parecia um assunto de 7 cabeças (rs...). Logo na primeira semana já fiz uma revisão incrível e consegui de ver fixar algumas palavrinhas e regras mágicas que destravaram o meu inglês. Dali para frente foi só sucesso!
Although I mostly studied all day (9am-5pm), it was totally worth it! I had come to Vancouver to do a general English course, but once it began, I switched to a Business English course which was simply icing on the cake. I was really happy to switch classes, it´s better to me. In the first week I made a remarkable improvement, and I got to fix some words and rules, which magically enhanced my English. After that, everything was successful.

Depois de uma semana de aula, já fiz alguns amigos e me inscrevi na primeira atividade da escola. Fui conhecer um Cânion chamado Lynn Cânion em North Vancouver, lugar incrível, há poucos minutinhos da cidade, energia incomparável e uma vista linda! Passei por uma ponte de madeira que atravessava todo o penhasco. Apesar de ter ficado com as mãos geladas, o trajeto era bem seguro. Os lugares públicos do Canadá são bem cuidados, nenhum lixo no chão, banheiros limpos, corrimãos e muitas placas indicativas, o que facilita muito! Saindo desse paraíso, fui ver o pôr sol na praia English Bay. Uma mistura de prédios de cidade grande, jardins de tulipas em toda a orla, troncos de madeira espalhados pela areia, de uma lado montanhas com neve, de outro o mar. Quase indescritível.
After one week of class, I made some friends and signed-up for the first activity with my school. I went to a canyon called Lynn Canyon in North Vancouver. Awesome place, a short-trip from the city, incomparable energy and a beautiful view! I walked over a wood bridge that crossed the entire canyon. Although I was a bit apprehensive, it ended-up being very safe. The public places in Canada are really well maintained—no trash on the floor, only clean bathrooms, many handrails and signposts—and that made everything better. Leaving the canyon, I went to see the sunset on the English Bay. A mix of buildings from the big city, tulip gardens all along the sea shore, logs of wood spread out across the sand…all between snowy mountains and the other ocean. It was almost indescribable.

No dia seguinte fui conhecer a cidade de Victória, que fica dentro da ilha de Vancouver, peguei um navio para fazer o translado e atravessar o oceano pacifico. O vento gelado cortava minha pele e os pássaros locais acompanhavam todo o trajeto, apesar de congelante, era lindo! Dava para ver os gringos aproveitando um pouquinho de sol que timidamente aparecia, para colocar as perninhas brancas de fora.
Lá, conheci o Parlamento de Victória, um edifício enorme e cheio de história. Almocei no jardim que tinha a frente do parlamento e vivi um pouco a vida dos victorianos.
Saindo de lá, fui no Royal BC Museum, ver a história da arte e das primeiras civilizações norte americanas, de arrepiar!
The next day, I went to Victoria, a city in the Vancouver islands. I caught a ship to transfer across the Pacific Ocean. The cold wind hurt my skin and the local birds followed our path. Although it was freezing, it was beautiful! You could see all the Canadians trying to grab a little of the sun that had timidly appeared, rolling-up their pant legs. Once there, I visited the Parliament of Victoria, a huge building with a lot of history. I had lunch in front of the parliament and lived like the Victorian people. After leaving there, I went to the Royal BC Museum to see the art and learn about the history of the indigenous North American civilizations. It was chilling!

Para encerrar, fui visitar o Castelo de Craigdarroch, o primeiro castelo de verdade que havia visto na vida, foi construído em 1890 na Era Vitoriana, e seu proprietário o barão do carvão Robert Dunsmuir, morreu um ano após as construções terminarem. Depois o castelo serviu de hospital militar durante a I Guerra Mundial, de escola de música e finalmente foi tombado como patrimônio histórico. Nesse momento, todos os objetos da família foram recolhidos e expostos na casa, os cômodos foram reconstruídos nos mínimos detalhes. Um total de 39 quartos que me fez arrepiar a cada porta que eu passava. Dava para sentir a energia das pessoas já que haviam passado por aquele lugar. Sensacional acompanhar um pouquinho de uma, tão distante, história.
To finish up, I visited Craigdarroch Castle, the first real castle I had seen in my life. It was built in 1890 (the Victorian Era) and its owner was the Coal Barron Robert Dunsmuir, who died one year after the building was completed. After his death, the castle functioned as a military hospital during the First World War. After this, it acted as a music school, and finally it came to be listed as a Heritage Site/Historic Landmark. All of the family possessions have been collected and are displayed in the house, the rooms reconstructed with minimal alterations. In total there were 39 rooms, and every one chilled me when I would enter them. You can feel the energy of the people who've lived in this place. It was sensational to experience a little bit of this distant history.

No dia seguinte, fui para Seatle no Premium Outlet Sealte para fazer compras. Com a metade dos impostos, os preços acabaram compensando! Nervosinho de cruzar a fronteira com os EUA, mas valeu a pena.
The day after I went to the Premium Outlet Seattle in Washington to go shopping. With the half tax, the prices were good. I was a little nervous about crossing the US border, but in the end it was worth it.

Mais uma semana, turma nova na sala de aula, novos amigos, aulas difíceis, outras engraçadas e uma enxurrada de novas palavras. Todos os dias eu pegava o jornal Metro para ler no SkyTrain (igual ao metrô de São Paulo, porém que atravessa o trilho apenas em lugares abertos e não subterrâneo). Apesar de no começo ter sido mais difícil a compreensão, ainda mais por se tratar de muitos problemas do cenário local, depois da primeira semana, tudo ficou muito mais fácil e já conseguia a dar risada das histórias em inglês e compartilhar com os amigos durante as aulas.
The next week, there was a new group in my classroom, new friends, and difficult lessons, some funny and others a flood of new words. Everyday I picked up the newspaper to read in the SkyTrain (like a subway in São Paulo, but the rails only cross open places, not underground ones). Where it had been very hard to understand the stories in the beginning—further exacerbated by topics pertaining to local problems—after the first week, everything was easier. I was able to laugh at the stories in English, and share them with my friends during class.

O meio de transporte no Canadá é extremamente seguro e amplo. As linhas de Skytrain, Subway, SeaBus (igual as balsas no Brasil) e a rede de ônibus funcionam em perfeita harmonia, horários e o melhor, educação. Basta comprar um bilhete mensal, de acordo com a zona que você morar (a cidade é dividida em zonas como se fosse um estádio, são círculos que aumentam de tamanho do centro para as bordas) e usar para qualquer transporte.
The public transportation in Canada is extremely ample and safe. The lines of SkyTrain, Subway, Sea-bus (like ferries in Brasil) and the network bus work in perfect harmony; they have the best schedules and good information. It's enough to buy a monthly ticket, according to the area where you live (the city is divided into areas like a stadium, there are circles that increase in size from center to edges) that you use for any form of transit.

Ao longo da semana eu costumava a brincar com as quatro crianças que haviam na casa, desde boneca, carrinho, até jogar Winning Eleven representando a seleção brasileira. Fiz algumas corridas pelo bairro com a mãe e aproveitei para desfrutar dos lindos jardins e da calma de se viver em uma das melhores cidades da mundo. As outras estudantes que moravam na casa me ajudavam muito com a adaptação. Morei com duas coreanas e mais uma brasileira, dei sorte de tê-las conhecido! Pessoas maravilhosas!
During the week, I used to play with the four kids that lived with me at my homestay, from playing with dolls and strollers to playing Winning Eleven, representing the Brazilian selection. I did some walking around on the neighborhood streets with my host-mom and I enjoyed the beautiful gardens and the calm life of one of the best cities in the world. The other students that lived in the house helped me a lot to adapt. I lived with two Korean girls and one Brazilian girl, I was lucky to have met them. Wonderful people!

Na segunda semana, aproveitei o feriado local e fui fazer uma viagem de 4 dias nas Rocky Mountains, são rochedos com quase 5 mil km2 de comprimento, que surgiram há mais de 70 milhões de anos. Dentro dela estão os Parques Nacionais do Canadá. Visitei alguns deles localizados na província de Alberta, simplesmente maravilhosos, como Jasper, Banff (um dos principais centros turísticos do Canadá), Lake Louise e Columbia Glacier Icefield (campo de gelo da era glacial que existe até hoje, pegamos um ônibus com rodas especiais para conseguir atravessar as estradas de gelo - lindo). Amei o passeio! Brinquei na neve, tirei um zilhão de fotos, relaxei vendo as paisagens que mais pareciam quadros, admirando a beleza na neve entre as rochas e os pinheiros em perfeita harmonia, espetacular! Treinei um montão de inglês, vi ursos, alces, veados, esquilos e fui para as baladinhas gringas! Aproveitei demais.
The following week, I enjoyed the local holiday and went on a trip for four days in the Rocky Mountains. It's like a mountain that's almost five thousand kilometers long, which appeared more than 70 million years ago. Inside the mountains are the Canadian National Parks. I visited some of them that were located in the province of Alberta—simply marvelous—like Jasper, Banff (one of the principal tourist centers in Canada), Lake Louise and Columbia Glacier Icefield (an ice field from glacial era that still exists today; we had to take a special bus with special wheels to be able cross the ice roads - amazing). I loved this trip! I played with snow, took a zillion pictures, relaxed while taking in the view that looked like it should have been framed, admiring the beauty of snow between the rockies and the pines in perfect harmony…spectacular! I practiced a lot of english, saw bears, moose, deer, squirrels, and then went to a little Canadian disco!

A parte chata da viagem foi no retorno à Vancouver, peguei uma alergia, provavelmente o gelo das geleiras queimou meu rosto! Não é apenas o sol que nos queima! E fiquei de cama por uns dois dias tomando anti alérgico (o único remédio que eu não tinha levado, rs..) mas logo ficou tudo bem!
The bad part happened when I got back to Vancouver. I had some sort of allergic reaction, probably the ice from the icefield burnt my face! It is not only the sun that burns us! I had to stay in my bed for two days, taking anti-allergy medication (the ONLY drug that I didn´t bring with me), but in a short time everything was fine!

Na terceira semana, fui no Outlet de Vancouver! Os preços são incríveis e super compensou! Foi ótimo! Ele fica localizado na estação 22th do Skytrain, apesar de ser um pouco longe da minha casa, valeu a pena.

Passei o sábado no Stanley Park, que é o maior parque urbano do Canadá e o terceiro da América do Norte. Em toda sua orla de praias, existe um grande paredão com calçadão que é possível alugar bikes e patins e conhecer todos as praias. Resolvi fazer esse passeio a pé, fiquei mais de 8 horas no parque, depois de uns kilinhos a menos (rs...), valeu a pena! Lá tem piscina pública, restaurantes e o famoso Aquário de Vancouver! Vi show de golfinhos, morcegos, pinguins, aves, tartaruga gigante e animais marinhos super exóticos! Valeu muito muito a pena!
The third week, I went to an Outlet in Vancouver! The prices are amazing and very affordable! It was the best! It is located at the 22th SkyTrain station and although it was far from my house, it was worth it.
I spent my Saturday at Stanley Park, the biggest urban park in Canada and the third biggest in North America. At the edge of all the beaches there is a huge seawall with a pedestrian walk-way where it's possible to rent a bike or roller-skates and visit all the beaches. I did this trip on foot, walking for 8 hours in this park, and afterwards I had lost some weight….worth it!  There is a public pool, restaurants and the famous Vancouver Aquarium! I saw the dolphin-show, the bats, the penguins, the birds, the giant turtle, and some super exotic sea animals! It was nice!


No último domingo na cidade, fui para a cidade de Whistler, uma das principais estações de esqui do mundo. A cidadezinha é um vilarejo com menos de 10 mil habitantes com restaurante e lojinhas super aconchegantes e bonitinhos. Lembrou-me muito de Campos do Jordão. 
Lá fiz um passeio de gôndola e desci um trecho da montanha de neve, em cima de um pneu de borracha. 30 segundo de descida de pura adrenalina. Demais!
The last Sunday in the city, I went to Whistler, one of the principal ski spots in the world. Whistler is like a little village, with less than 10 thousand people and quaint restaurants and super cute little stores. It reminds me of a small city called Campos do Jordão in São Paulo. At Whistler, I took a gondola trip and went down a part of the mountain using a rubber tire. 30 seconds of falling down was pure adrenalin. Awesome!

Para encerrar a semana, fui visitar os bairros Gastown e Chinatown. Fiquei encantada com tanta história e beleza juntos em um mesmo lugar. Gastown foi declarado como patrimônio histórico, então é super bem cuidado. De quinze em quinze minutos, um relógio a vapor dos anos 70, com mais de 5 metros solta vapor e um apito. Vários turistas param no cruzamento das ruas Cambie e Water para ver essa cena histórica acontecer.
As ruas de Gastown, possuem em charme incomparável, são bem largas, com prédios antigos e com calçadas de cerâmica que remontam o século 19.
To end the week, I visited the Gaslight District and Chinatown. I was delighted by all the history and beauty together in the same place. The Gaslight District was declared a heritage-site/historic landmark, so the place is really well maintained. At 3:15 everyday, a 70-year-old, 5-meter tall steam clock emits steam and a whistle. Many tourists stop at the crossing between Cambie and Water st. to see this historic scene happen.
The streets of the Gaslight have an incomparable charm: they're wide with old buildings, and sidewalks made of pottery dating to the 19th century.

Antes de ir embora, tive uma festinha surpresa da minha família. Com direito a bolo de coração com cobertura de ursinhos de geleia, salada (que eu disse que adorava), cup cakes, pizza e nachos. Recebi um monte de abraços das crianças, um monte de lembrancinhas deles e muito carinho. Fiquei sabendo que dentre as estudantes que estavam lá, há muito tempo não se via uma reação assim da família. Acho que fiz algo certo!
Before I came back to Brazil, I was thrown a farewell party by my homestay family. They had a cake in the shape of a heart with layer of gummy bears, salad (I said that I love it), cup cakes, pizza and nachos. I received lots of hugs from the kids, lots of souvenirs and lots of love! I learned that between the other students that lived in the same homestay, no one had seen a reaction like this from the family. I think I did something right!

Do jeito que sou detalhista, não conseguiria descrever todas as minhas sensações. Mas os lugares mais lindos que visitei estão aqui. Adorei ter feito as atividades em sala de aula, fazer e ver as apresentações nas aulas de business.
Comer comidinhas diferentes, ter uma rotina completamente oposta a que tenho hoje em dia. Poder passear todos os dias depois da aula. Sair da escola e ainda ver a luz do dia. Perceber as diferenças de preços e produtos do meu país. Conhecer gente nova, entender em detalhes a cultura do Chile, da Coreia, da Alemanha, do Canadá ... Manter contato com essas pessoas e ver os olhinhos emocionados, mesmo após um curto período, no momento da partida.
With the way that I´ve detailed my trip, I still can´t describe all my sensations. But the most beautiful places that I visited were there. I loved to do all the activities in class, doing and watching the presentations in the business class. To eat different foods, to have a routine completely opposite of the one that I have here in Brazil…being able to walk around the city everyday after school, visiting different places. Getting out of school and seeing the sunlight. Realizing the difference between prices and products from my country. Meeting new people, getting a detailed understanding of the cultures of Chile, Korea, Germany, Canada…keeping in touch with people and seeing their eyes, full of emotion after only a short time, at the moment to say goodbye.

Momentos que preço nenhum irá pagar. Que pessoa nenhuma irá tirar de mim. Lembranças que fiz, que vivi e que trouxeram uma das maiores gratificações que já pude me dar.
Percebi que evolui não apenas no meu inglês, mas também como pessoa. Alguns parâmetros estavam ocultos na minha vida e agora se tornaram claros. O que resultou em mudanças na minha forma de ver a vida, assim que retornei ao Brasil.
These are priceless moments that no one can take away from me; memories of things I did and lived ended up being the biggest gratifications I could have.
I realized that I not only evolved my english, but myself, my maturity. Some parameters were hidden in my life, and now they are clear. This trip resulted in changes to my outlook on life that I will bring with me back to Brazil.

Simplesmente inesquecível! Obrigada a todos que fizeram parte desse pedacinho da minha vida e que serão lembrados para sempre!
Simply unforgettable! Thank you very much to all the people that were part of this period in my life. You will always be remembered!


sexta-feira, 1 de junho de 2012

O pombo correio.


Assim como outras aves, o pombo volta para seu ninho depois de percorrer um determinado trajeto, fenômeno chamado ‘homing’.
Sabendo disso, em meados do século XIX, as raças belgas e inglesas foram misturadas, a fim de extrair o mais selecionado pombo. E assim nasceu o pombo correio, que podia percorrer até 1.000km por dia.

Os pombos foram uma das primeiras aves a serem domesticadas. Desde 4.500 a.c. é possível encontrar registros na região da Mesopotâmia.
Nessa época, já existia no ser humano a sensação de incerteza se o pombo iria voltar ao seu ponto de origem ou não. Inicialmente as mensagens que eram enviadas tinham como conteúdo notícias militares, comerciais ou administrativas. Com o passar dos anos, mensagens de amor também passaram a ser enviadas por este meio.

‘’Foi um pombo, por exemplo, que transportou a notícia do desfecho da batalha de Waterloo, um combate decisivo que determinou o fim do império napoleônico, após vinte e três anos de guerra entre a França e outros países europeus.’’

Fazendo um paralelo com a tecnologia de comunicação que temos hoje, acho que a mesma incerteza ainda ocorre.
A mensagem chegou? Meu interlocutor entendeu o que eu queria passar? A conexão estava boa? O download foi completo? Infelizmente a arte da comunicação não é certa, não é sempre racional ou compreensível.
Essa mesma incerteza ocorria em deixar uma mensagem à uma ave que tinha seus próprios instintos e assim como o ser humano, poderia se dispersar, perder o interesse e não mais voltar.

Ao nos comunicarmos, nossas palavras voam e levam uma mensagem, voam e não sabemos se vão ou não atingir nossos objetivos. Não sabemos a repercussão exata que causará no nosso telespectador.  Não sabemos o conjunto de pré conceitos que nossas palavras irão se chocar, no momento que saírem da nossa boca.

Associo essa ato de levar mensagens do pombo correio com a expectativa, tenho uma relação de amor e ódio com esse sentimento.
Amo, pois ele me instiga a viver a vida, a sentir o prazer da espera, a observar o outro, a aprender com os detalhes. A curtir cada momento, a saborear os diferentes gostos e prazeres da conquista.
Odeio, pois ele é o responsável pela minha frustração. Por estar presente nas cenas quando é justamente o oposto dos meus desejos que se concretiza. Por me deixar com uma sensação de vazio, por me deixar no nada.

É essa, é a mesma expectativa que estava presente há séculos, nas mensagens do pombo correio.
E que sem elas, minha vida seria apenas uma viagem sem propósito.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Nas asas da expectativa...


Seu silêncio parece um frio, rigoroso e triste inverno.
Entre você e eu, existiam sorrisos, paladares e um mundo de sensações a serem descobertas.
O seu silêncio fez com que as asas que você havia me dado fossem perdendo as penas, uma a uma perdendo a força e o sentido de estarem ali.
Foram se desfazendo e rompendo os laços com o meu corpo, o que me causou tristeza e a eterna expectativa não correspondida.

Talvez se você tivesse deixado meu olhar ir embora ao invés de corresponde-lo assim que nos encontramos numa escada qualquer (...) teria sido tudo mais fácil.
Seria mais fácil também, se eu não tivesse me encantado por cada detalhe do seu corpo, pelo seu jeito de falar e sorrir com as frases. Parece que brinca com a arte de seduzir tal como uma criança faz com tintas e papel. Leve, puro e descompromissado.

Mas a diferença, a sutil diferença é sobre quem são os protagonistas da história. Talvez isso tenha feito com que tudo entrasse num universo mais mítico e de sedução.
Seria melhor ter ficado como estava antes. É que as vezes fraquejamos e nos esquecemos que tanto eu quanto você, temos defeitos. E muitos.

Ficamos felizes com simples coisas, uma ligação, uma mensagem, ou apenas ouvir que está com saudades, elementos físicos que nos confundem.
E depois, quando tudo isso acaba e deixa de acontecer, temos que escolher outra coisa para nos motivar, para continuar vivendo as nossas vidas e não apenas deixar o tempo escorrer pelas nossas mãos.

Interessante como sempre fazemos com que as relações durem o tempo que precisarmos, cada qual com suas razoes. Já pensou nisso?

terça-feira, 3 de abril de 2012

No trilho do trem


‘’Então me vejo no meio termo com se não fosse nem o trem, nem o trilho.  Apenas como aquele passageiro que as vezes para por ali para observar e quando pode ou acha pertinente, faz a sua contribuição para aquela cena, a qual de alguma forma, está inserido. O futuro passaria independente de o passageiro estar ali, mas a sua presença pode trazer mudanças ao que está por vir, seja para ele ou para terceiros.Ao observar, ele se apropria das qualidades do lugar e com isso, consegue acompanhar suas evoluções, olhar com os olhos de quem já aprendeu aquilo e ao mesmo tempo com os olhos de quem vê o inusitado, observando e aprendendo com a riqueza de detalhes de cada cenário, o barulho do trem passando, as pedrinhas que correm atrás do trem, as folhas amassadas e com um novo formato, o cachorro que late, o sino que toca, a simples e complexa respiração deste protagonista. Imaturidade misturado com maturidade, juntos no mesmo lugar.’’ 


Costumo observar a atitude das pessoas ao meu redor e sempre aprendo muito com isso.
Algumas atitudes me incomodam,  algumas pessoas me irritam, irritam por querer ser quem elas não são. Por medir, por ter pré-conceitos, por simplesmente julgar quem é diferente delas.

Acho que em 1 ano de blog, em muitos dos textos, esse sentimento foi alvo das minhas críticas. Ele é constante nos meus pensamentos.
Claro que tento me adaptar as situações da vida, senão não estaria seguindo a receita: estudar, fazer uma faculdade, trabalhar, crescer, ganhar dinheiro....mas confesso que sempre aceitar e me adaptar à pessoas com valores tão diferentes dos meus, nunca foi fácil de fazer.

 
Não procuro me aproximar de pessoas que não me fazem bem, apenas por interesse. Minhas ambições de vida, não trilham por esse caminho, Acredito em afinidade, energia positiva e carisma. Acho que assim como o passageiro que está sentado no meio trilho, eu observo e como posso, faço a minha contribuição à vida. Parei um pouco com o verbo relutar e estou aceitando a cada vez mais o verbo adaptar, pois mesmo que inevitavelmente, faço parte dessa sociedade e isso não tem como mudar. Sempre fortalecendo que prefiro estar em companhia dos meus valores, das coisas que eu realmente acredito e das pessoas que se parecem comigo.


Na última semana tive a oportunidade de conhecer e estar com pessoas de diferentes nacionalidades: romenos, poloneses, espanhóis, americanos, franceses e inclusive brasileiros. Isso me trouxe mais culturas, valores e crenças bem distintos dos meus. Porém todos tinham algo em comum, que no meu ver são essenciais: humildade e boa vontade. Boa vontade por estar ali, se dispondo à conhecer gente nova, humildade por apresentar à desconhecidos as suas fraquezas e fortalezas, não tendo vergonha disso, nem menosprezando os outros por conta das suas diferenças.


Uma das conversas com um polonês, foi sobre felicidade.
Rapidamente apresentei uma resposta pronta sobre esse tema. E então foi a vez dele falar, começou se desculpando e dizendo que logo de cara já pensava muito diferente de mim. Dizendo que sabia que havíamos sido criados em culturas completamente diferentes e mesmo assim se espantou com a minha resposta. Quis então saber quais eram os planos dele para se atingir a felicidade, então ele me disse que tinha como ambição conhecer pessoas, as mais diferentes pessoas, os lugares, as culturas, as riquezas históricas de cada país, pois isso sim fazia dele uma pessoa realmente rica e feliz. Ter um baú repleto de experiências, dos mais diferentes tamanhos e cores, ter história para contar. Colocando isso na frente da neura de querer casar e ter filhos antes dos 30, do carro da moda, do apê bem localizado, que a sociedade atual ‘exige’, ou seja, mudando o foco das prioridades, para realmente fazer a vida valer a pena.


Como boa capricorniana e pé no chão que sou, peguei o bom de cada uma das opiniões e 
reforcei as minhas. Abri ainda mais a minha mente para o outro, para o diferente de mim. Resultado positivo, mais uma cena que acontece.

Carregado de emoções, escrevi esse texto expressando o que sinto, com cenas que vivi dentro e fora de casa, do trabalho, da sala de aula. Espero que tenha feito algum sentido, além das palavras jogadas num pedaço de papel.
 

Ontem li um ‘bilhetinho da sorte’ que dizia: O abraço de um urso pode afagar, mas também pode matar, você só se dará bem no mundo, se souber se adaptar’, assim como no trilho, você deve saber a hora se de levantar.