quinta-feira, 2 de maio de 2013

O que estou vendo da vida...


Nossa! Quanto eu cresci em 6 meses.

Acho que fiquei um tempo reclusa justamente para conseguir desfrutar e maturar tudo o que estava vivendo. Caso contrário as palavras sairiam "verdes" se fossem colhidas antes do tempo da minha boca.
Vim aqui falar que minha vida mudou um bocado e como isso aconteceu. Redescobri o que é trabalhar no que gosto puramente, sem ter que me preocupar com desfile de moda do dia a dia, ou com o julgamento dos falso colegas. Redescobri o que é sair cedo do trabalho e ver que ainda existe a vida a espreita para ser vivida depois do expediente.

Descobri o que é sentir saudades de um avô, de saber que podia amar ainda mais e, incondicionalmente os que aqui ficaram.
Descobri que cuidar da minha vida, vale mais que encaminhar um último e interminável email cobrando alguma pendência.

Coloquei metas de saúde que achava que nunca atingiria sem ser radical e tirei de letra em menos de 3 meses. Tornei-me uma pessoa com um estilo de vida muito mais saudável do que eu já tinha.

Reaprendi a conviver com gente do bem e que quer me ver feliz. Consegui me livrar da gastrite nervosa, da insônia que tanto me perseguia, das tabelas que desenhava nos meus sonhos e dos "to do" intermináveis que martelavam madrugada adentro pelo meu quarto. Consegui me livrar do esboço de "casca grossa" do mal, que estava começando a se aproximar de mim. E o melhor, em menos de 6 meses voltei ao meu eixo.
Consegui me reorganizar em todos os setores da minha vida. A sorrir de verdade. A não viver presa no relógio crível e invisível da minha consciência cheias de tarefas a serem executadas.

Aprendi a esperar até que a hora de conseguir escrever desaflorasse e se manifestasse por minhas mãos e mente inquieta. Em outros momentos aqui registrados, achei que esses momentos de "silêncio" poderiam remeter até mesmo à alguma deformidade do meu eu. Quando o que estava fora de forma era o meu juízo e amor próprio à minha vida.

Passei a dividir um quarto com uma senhora de 85 anos, que se parece tanto comigo e que costumo chama-la de minha avó, ou melhor, minha belezinha. Observo o quanto ingênuo e indefeso nos tornamos nessa idade. O quanto maravilhoso, genuíno e sem esperar nada em troca é o amor da minha mãe por ela, em ajudá-la incondicionalmente, todos os dias, desde o abrir dos olhos.

Reaprendi que a vida está aí para ser vivida, os riscos para serem desafiados e os objetivos para serem conquistados.
Novamente minha mente inquieta, fez com eu concluísse meu curso de professora em 2012 e nesse ano já tivesse a interminável energia para iniciar um projeto completamente desconhecido para mim, que envolve o amplo crescimento profissional e também desafia-me emocionalmente, todos os dias.

Comecei a confiar em pessoas que não eram tão próximas e a aprender com elas. Passei a colocar em questão alguns valores e desconfiar de quem estava ao meu lado, e para a minha surpresa, meu sexto sentido não me decepcionou. Passei a praticar a meditação aplicada à medicina milenar da acupuntura, mas acredito que apenas tenho conseguido tirar o melhor proveito disso, por me sentir preparada e capacitada para tal.

Refresquei na minha memória que a liderança, os bons exemplos e uma postura exemplar, se tornam referência de vida, desde que conduzidos com gentileza e serenidade. Caso contrário todas as paredes de sua imagem sempre serão  construídas de vidro.

E é com base na gentileza que pretendo lidar com todos os projetos que encaro nesse 2013.