sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vestindo a camisa.


Percebo quando escuto pela segunda vez que já aprendi. Consigo rapidamente absorver a nova informação e ter o mesmo conhecimento que você, sem que para isso precise ser pior nem melhor.
Percebo que me sinto realmente mal quando me vejo diante de preconceito, seja ele de qual tipo for.

Sei ser educada e cumprimentar as pessoas quando sou visita, aprendi as palavrinhas mágicas ‘por favor’ e ‘obrigada’.
Aprendi que falar baixo é de bom tom, falar palavrão o tempo todo é feio. Aprendi a ser humilde e pedir ajuda quando não sei alguma coisa.
Aprendi a me dar valor, para que assim os outros possam me respeitar.

Sei que se magoar minha mãe, ela vai chorar e isso vai cortar meu coração, o que fará o dobro de mau a mim do que fiz a ela. Sei que se magoar meu pai, ele vai ficar em silêncio, um dos mais doloridos que já senti. Por isso aprendi a respeitar, a não gritar mais, apesar de ainda continuar um pouco teimosa.

Tive a sorte de ter um melhor amigo e uma melhor amiga morando no quarto ao lado, tendo o mesmo sangue e sobrenome que eu. Sorte de poder chamá-los de irmãos legítimos.
Acabei nascendo como caçula e com isso aprendi como são os homens e as mulheres no dia a dia, com idades próximas a mim. Mais que isso, tive referências que compuseram parte do meu caráter.

Ensinei meus avós (super fechados) a dizerem "eu te amo" quando é isso que eles ouvem da minha boca, me orgulho mesmo esse ensinamento ter vindo aos seus 85 anos.
Com meu jeito, fiz com que o clima lá em casa sempre fosse mais ameno. Rindo e lidando de um jeito leve com as provações que a vida me colocou, e olha que não foram poucas...
Aprendi a lutar pelo o que eu queria, a brigar pelos meus direitos. Sem que para isso precisasse passar por cima de ninguém, nem usar de nenhum tipo de artifício.

Então, aos 12 anos resolvi fazer uma tatuagem junto com a minha irmã. Buscávamos um símbolo que representasse nossa amizade. E então chegou o esperado momento. Defini que faria algo que representasse as pessoas que mais amo nessa vida e, que foram os responsáveis por literalmente tatuar meus princípios e valores, nas minhas atitudes, hombridade, educação e maneira de viver a vida.
Por minha família me apaixonei e aprendi o que era amar e respeitar incondicionalmente.

O desenho escolhido foi um triângulo com os três lados iguais, representando meus pais e meu irmão mais velho, embaixo está a data de nascimento da minha irmã (igual ela fez para mim há 1 ano).
O triângulo equilátero remete ao equilíbrio, é um dos únicos elementos da trigonometria que se você conhece dois dos lados, saberá como é o outro. E é assim que acontece na minha família.

Amo e dou valor, sei que é o que tenho de mais importante nesse vida. Por eles, literalmente visto a camisa.

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