segunda-feira, 11 de abril de 2011

Férias - Parte I

Hoje, completo a 1ª metade das minhas férias em São Paulo.
Depois de três anos ‘’sem sair do escritório’’, trabalhando num ritmo muitas vezes frenético, entrando de manhã (nem tão cedo assim) e saindo bem tarde (a ponto de as lojas já estarem fechadas e a vida social ter ido para a ‘cucuia’), confesso que houve uma briga constante aqui dentro da minha cabeça.

Ansiosa por querer cumprir todas as pendências sociais e pessoais que tinha (visitinhas, compras, médico, arrumação, etc.), minha mente ficou inquieta querendo, por incrível que pareça, trabalhar. Então, tive que dar um jeito de me ocupar.
Dentre as coisas simples do cotidiano que fiz, algumas passagens especiais me aconteceram. Fui acompanhar a coleção da estilista Cris Barros nas lojas Riachuelo, entrei no provador com uma humilde quantidade de roupas, quando simplesmente pisei em um daqueles alarmes anti-roubo, tentei tirá-lo da sola da minha sapatilha, porém ele estava literalmente pregando o meu pé. Depois de longos minutos, tive que criar coragem para arrancá-lo da minha pele, olhar o estrago que tinha feito e pedir ‘socorro’ (me senti a protagonista de um filme de terror). Paguei o mico de ser anunciada no microfone da loja: ‘’Urgência no provador, cliente ferida’’, ou algo do tipo. No fim das contas não comprei nada, saí manquetando com um bandaid no dedo e ficou tudo bem. Segurei o impulso (natural da minha personalidade) de querer brigar pelos meus direitos, chamar um ombudsman, declarar o ocorrido, mas deixei passar.
Outro dia, estava tomando banho, quando percebi que iria escorregar dentro do box, fiz alguns testes colocando o chinelo, pisando no tapetinho, tirando o óleo de banho que estava no meu pé, mas nada adiantou quando me vi espatifada no chão. Claro que fiquei assustada, tentando entender como tinha parado naquela posição x espaço. Fiquei pensando se o tombo seria pior dependendo do tamanho do box. Humor negro? Apenas esbocei alguns cálculos e espero não testar o tombo em outro banheiro para tirar uma conclusão. Antes de sair do box, quase escorreguei novamente e me senti uma completa salamona toda molhada.
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Curti a parte boa das minhas férias, até aproveitei para voltar a fazer meus treinos de corrida. Estipulei algumas metas, me inscrevi em uma competição e lá vou eu com um número de peito e mais uma medalha pendurada. Inesquecíveis e impagáveis os fins de tarde correndo no parque com o meu pai. Qualidade de vida sem preço, que todos deveriam experimentar.
Passei um tempo ensinando o meu avô de 85 anos a usar o computador, fascinante como a força de vontade de continuar aprendendo ainda existe dentro dele. Ver os olhinhos brilharem quando expandi um vídeo de futebol em uma janela do Youtube.
Fiquei uma tarde fazendo origamis com a minha avó, aprendendo a montar uma rosa de 6 peças acompanhando um passo a passo bem complexo, e ver a carinha de surpresa quando finalmente acabamos.
Muitas vezes estive no trabalho desejando estar deitada no sofá assistindo a ‘sessão da tarde’. Sabe quando você acredita tanto em uma coisa que quando a faz não sente o mesmo gostinho que imaginou? Foi quase isso que aconteceu comigo. Claro que durmi de tarde, assisti filminhos água com açúcar, fui passear apenas para passar o tempo, escutei músicas antigas, li cartas de amigos, coisas supérfluas que não necessitam pensar. Pequenos momentos importantíssimos quando se pretende afastar a mente dos problemas que a perseguem.
Porém, podem me chamar de louca, estranha, workaholic ou o que for, mas entre as coisas que me deixam plenamente tranquila uma delas é o ato de me sentir útil, seja para mim ou para os outros.
Foi neste ímpeto que (apesar de estar de férias) resolvi conhecer a empresa de um amigo e pude ajudá-lo a crescer, participar de reuniões e montar projetos para ele, senti o quanto posso contribuir com apenas algumas horas do que sei. Resolvi reescrever o site de outro amigo e apresentar uma sugestão, simples melhorias que podem fazer a diferença. Atitudes que apetecem a minha vontade, mas que no corrido dia a dia fica complicado de executá-las.
Participei da 1ª reunião de um curso de extensão que farei. Como me faz bem ouvir pessoas com tanta experiência, trajetórias de muito trabalho e sucesso, compartilhando suas ideias, contribuindo para passar um pouco do aprendizado para os alunos. Palavras que escolho deste 1º encontro: ler mais e exercitar o poder da crítica (para si e para os outros) a todo o momento. Se colocar nos diferentes papéis em uma situação, fazer avaliações constantes, pensar como seria possível aprimorá-las.
São coisas que fazem com que cresça em mim a vontade de aprender e conhecer mais, sempre. Fazem com que eu pare para colocar na balança o que de fato é prioridade e questionar se estou no caminho certo. Que venha a 2ª metade das férias.

5 comentários:

  1. Que gostoso!
    Já estou sonhando com as minhas férias, e mais do que vontade, meu corpo e mentem me pedem um descanso, uma pausa, despressurização.
    Vou tentar fazer pelo menos a metade, fiquei inspirado. E aproveite ainda maissss!
    Saudades.
    Beijooo

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  2. Cido!! Amei seu post e adorei que gostou! Não fui viajar, então estou tentando aproveitar o máximo possível e resolvi compartilhar aqui.
    Saudades de vc!! Tire logo suas férias e bora viajar com a mamis!
    Beijos e tks pela visita!!!

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  3. Amigonaaaa..adorei seu post. É mto Carol querer trabalhar nas férias. Mas vc tá certa! Se sentir útil é a melhor coisa..ajudar os voios e as vóias. E tb é bom pq qdo vc tá trabalhando vc não se machuca, né? Pq cair no boxe, ter o pé perfurado por um alarme de loja...não são coisas mto normais. =)

    Bjoss

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  4. AHhahahHAHHAHHA amigona, seu comentário é a sua cara! Fiz de td um pouco até passamos uma noite vendo fotos antigas! Onde vc concluiu que eu mudei consideravelmente com o passar dos anos.
    Fiquei intrigada! Quero saber o que de fato mudou, rs...
    Obrigada pela visitinha =)

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  5. Hahahahahah...Amigona, vc muduou e isso é fato. Mas já te disse que mudou p/ melhor..vc era meio bizarrinha, e vc já concordou comigo a respeito disso.

    Foi mto boa a nossa noite..ui!! Recordar é viver.

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