Na livraria, tomando um chocolate quente, comendo uma empadinha de palmito com pimenta, ouvindo uma palestra sobre relacionamento ao mesmo tempo que escrevo...esperando minha aula começar.
Todos os dias me deparo com diferentes rostos carregados de histórias, marcas, angústias e pressa. Comecei a refletir e cheguei a conclusão que sou uma pessoa com muitas frescuras.
Não consigo achar normal pegar o metrô vendo os piolhos subindo e descendo na cabeça da passageira a frente, ficar lado a lado com um cara com pessoas e suas orelhas sujas, com umas cascas e pedaços de coisas não identificadas saindo de dentro dela. Outro exemplo, são as mãos segurando os apoios com suas unhas pretas, micoses estranhaS e que não veem uma tesoura há décadas. Complicado também sentir tantos cheiros no mesmo segundo dentro do mesmo trem, será que ainda não descobriram um magnífico produto chamado desodorante?
Refleti e vi que estava com nojo de todas aquelas coisas carnais e comecei a pensar o que mais me dava nojo, além daquilo.
A resposta estava bem na minha frente, dentre tantas coisas o que mais me indigna é o nojo de gente grossa, de gente estúpida, que precisa falar mais alto para ser escutado, que faz questão de ignorar o que você diz, de transmitir um ar de superioridade mesmo que o estímulo tenha sido uma simples pergunta.
Você já reviu suas atitudes hoje?